Um aluno questionou seu professor:
– Mestre, por que devemos ler e memorizar a Palavra de Deus se não conseguimos guardar tudo e, com o tempo, acabamos esquecendo? Depois, temos que reaprender aquilo que já havíamos esquecido.
O professor não respondeu imediatamente. Ele ficou observando o horizonte por alguns instantes e então pediu ao aluno:
– Pegue aquele cesto de junco, vá até o riacho, encha-o de água e traga-o para mim.
O aluno olhou para o cesto sujo e achou o pedido bastante estranho, mas decidiu obedecer. Pegou o cesto, foi até o riacho, encheu-o de água e começou a subir de volta. Claro, toda a água escorreu, e quando chegou até o professor, não havia mais nada no cesto.
O mestre perguntou:
– E então, o que você aprendeu?
O aluno, olhando para o cesto vazio, coçou a cabeça e respondeu, com um tom brincalhão:
– Que não dá para segurar água em um cesto de junco!
O professor pediu que ele repetisse o processo. O aluno obedeceu, mas quando voltou novamente com o cesto vazio, o mestre fez a mesma pergunta.
– Que a água escorre ainda mais rápido do que eu imaginava – respondeu o aluno, quase rindo.
Então, o professor pediu que ele repetisse a tarefa mais algumas vezes. Após a décima tentativa, o aluno estava completamente exausto. O mestre, porém, perguntou novamente:
– E agora, o que você aprendeu?
O aluno olhou para o cesto e notou algo diferente. Admirado, respondeu:
– O cesto está limpo! Entendi: mesmo que não consiga reter a água, o processo repetido de enchê-lo limpou o cesto.
Por fim, o professor concluiu:
– Da mesma forma, não importa se você não consegue memorizar todas as passagens bíblicas ou se as esquece com o tempo. O que realmente importa é que, ao longo desse processo, sua mente e sua vida são purificadas.
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